terça-feira, 28 de junho de 2011

Pensamiento del dia (III)

Asi es la vida: una sucesión de pequeñas tragedias que juntamos y ponemos por debajo de una almohada de sueños.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Pela minha falta

    Mesmo num mundo de papel há momentos de puro vazio. São como os silêncios entre as palavras ditas, ou mesmo os silêncios dentro das partituras musicais. A mente é eternamente atormentada por questões de maior e menor relevância.
    E quem sabe por isso mesmo um prazer pode se converter em um compromisso, o compromisso se torna rotina, a rotina tortura... Seria bom poder parar e olhar as coisas desde a perspectiva de alguém que está de fora. Pena ser tão impossível despir-se de si mesmo.
    Meu atual prazer vem dessas minhas palavras tortas que são jogadas aqui meio sem jeito. E desse lugar que criei a partir de pensamentos cansados das prisões profundas de minha mente, que outrora eram apenas uma sombra diante da enormidade que almejavam alcançar.
    E vi meu prazer tornar-se compromisso de criar algo relevante e, por vezes, incomodo aos olhos dos outros – coisa de incomensurável gosto pessoal. Mas, agora me encontro diante de um grande problema: o gosto por construir esse lugar permanece, mas ás vezes faltam os bons e velhos turbilhões para permitir a fluidez das palavras.
    De que adianta um espaço repleto de ideias vazias? De que serve um mundo cheio no qual nada te ajuda a crescer? Sim, há de haver pausas. Mesmo a mente precisa de refugiar-se dentro de si mesma para poder lapidar seus mais preciosos presentes. Além disso, temos de estar preparados para recebê-los.
    Fico na espera que a minha já não tarde tanto em querer dividir seus frutos e mais uma vez poderei eu dar atenção a esse espaço que me faz tão bem da maneira com a qual ele merece.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Para quando eu for

    Talvez seja a coisa mais simples e chega a ser idiota, mas a verdade é que eu não sei deixar um lugar. Atuo de forma mecânica, como se não fosse da minha natureza estar preparado para uma despedida.
    Digo isso pelas experiências que tive, mudei duas vezes de cidade e perdi algumas pessoas também. As mundaças não foram tantas assim – tenho amigos que já o fizeram muitas vezes mais. Mas sempre que deixo um lugar deixo também um milhão de questões não resolvidas, como se dali alguns dias eu pudesse voltar e arrumar tudo.
    Dizer tchau me causa embaraço, como se ir fosse uma coisa proibida por lei. Quem sabe até pior: algo imoral da minha parte. Meu estomago se diverte em arriscadíssimas acrobacias, na minha garganta sinto um nó que me sufoca. Meus olhos, apertados, não deixam escapar lágrimas – meu velho sempre me advertiu contra elas, sinal de fraqueza.
    A voz que sai de minha boca tremula é baixa, veloz e tímida. O vocabulário é monossilábico e pobre, chegando a faltar traquejos de gentileza. Sinto-me claustrofobicamente encerrado dentro de uma caixa sem ter como recorrer a qualquer ajuda.
    Muitas pessoas fazem festas antes de partir, eu aí encontro meu dilema: quem se importa verdadeiramente se vou? Porque são eles quem eu deveria dar atenção antes de ir... Difícil medir nossa importância nos olhos do outro, difícil e pretencioso.
    Assim é dizer adeus, assim me vou de um lugar: na cara a "semgraçesa" do mundo junto com um falso sorriso, bem pirata. Se eu não te disse adeus... peço perdão, é que eu não sei... não consigo e não posso dizer tchau.