Era só isso que eu queria saber. Éramos ali quase que dois estranhos tentando arrumar uma forma menos desconcertante pra dizer adeus.
Um questionando o outro sobre o que fazer. Buscávamos encontrar uma solução para um enigma que perdura há uma década. Dez anos que escorreram e foram arranhando, lapidando cada um dos dois. Anos que nos levaram as risadas, antigos planos, esperanças e mesmo os olhares tão cheios de verdades.
Não me mal interprete, ainda há um querer inexplicavelmente persistente. Tudo que se sente ainda é verdade, o que mudou foi a esperança. Essa sempre bateu de frente com a realidade, antes com desmedido vigor e cega aos empecilhos do mundo. Por muitos anos foi assim, mas a realidade respondeu a altura: ficando cada vez mais sólida.
Já não há tanta vitalidade, o tempo finalmente pesou para ambos. Frustrados pelo mundo que nunca parou de andar, nunca deixou o encontro acontecer. Não nos deixou acertar e errar, não deu chances pra tudo dar certo – ou explodir em pedaços.
Fico pensando em tudo aquilo que nunca fomos: nas brigas por motivos triviais que nunca tivemos; nos dias dos namorados que nunca passamos juntos; nos aniversários de namoro que nunca tive a chance de esquecer; na escova de dente que eu nunca deixei na sua casa. Essas bobagens que todos os casais têm e fazem. Essas pequenas coisinhas que no final são as que realmente se lembra de um namoro.
No meu peito ainda existe uma descrença com o mundo. O vazio sempre esteve ali, mas agora existe a nauseante idéia de que talvez esse vazio nunca seja, de fato, preenchido. Com o que a gente preenche o peito quando sente que não dá mais?
Um questionando o outro sobre o que fazer. Buscávamos encontrar uma solução para um enigma que perdura há uma década. Dez anos que escorreram e foram arranhando, lapidando cada um dos dois. Anos que nos levaram as risadas, antigos planos, esperanças e mesmo os olhares tão cheios de verdades.
Não me mal interprete, ainda há um querer inexplicavelmente persistente. Tudo que se sente ainda é verdade, o que mudou foi a esperança. Essa sempre bateu de frente com a realidade, antes com desmedido vigor e cega aos empecilhos do mundo. Por muitos anos foi assim, mas a realidade respondeu a altura: ficando cada vez mais sólida.
Já não há tanta vitalidade, o tempo finalmente pesou para ambos. Frustrados pelo mundo que nunca parou de andar, nunca deixou o encontro acontecer. Não nos deixou acertar e errar, não deu chances pra tudo dar certo – ou explodir em pedaços.
Fico pensando em tudo aquilo que nunca fomos: nas brigas por motivos triviais que nunca tivemos; nos dias dos namorados que nunca passamos juntos; nos aniversários de namoro que nunca tive a chance de esquecer; na escova de dente que eu nunca deixei na sua casa. Essas bobagens que todos os casais têm e fazem. Essas pequenas coisinhas que no final são as que realmente se lembra de um namoro.
No meu peito ainda existe uma descrença com o mundo. O vazio sempre esteve ali, mas agora existe a nauseante idéia de que talvez esse vazio nunca seja, de fato, preenchido. Com o que a gente preenche o peito quando sente que não dá mais?