Mais do que dizer o que se pensa é importante saber escutar. Nem sempre pontos de vista são afins, e é bom que não sejam. É do choque de pensamentos que se criam novas ideias. Eu estou aqui para dizer o que eu penso, aos que se sintam incomodados... que tenham um bom dia.
domingo, 23 de dezembro de 2012
Pensamento do dia (XVIII)
Algumas vezes nossas mentes correm tanto que não dão tempo para que as palavras se expressem com algum sentido.
sábado, 8 de dezembro de 2012
Um templo da infância
Templos
são lugares sagrados nos quais a paz invade nossas mentes e corpos, elevando o
espirito. Contudo, não todos os templos são exatamente religiosos e assim foi
aquele lugar pra mim. Uma capela simples sem requintes de ostentação luxuosa,
com altar aberto à beira do lago que o separa do lugar de onde a maior parte
dos fieis assistem as missas nas segundas-feiras. Seus jardins – espalhados por
todos os lados – dão a impressão de que aquele cenário não pertence à cidade, entretanto
fica teimosamente em sua região central.
É
sim um lugar religioso para a maioria, porém nos dias em que não havia celebrações
se tornava algo mais: se tornava tudo quanto uma criança possa imaginar. Nesse
lugar estão gravadas várias passagens de minha infância, das brincadeiras com os
primos e das tantas bagunças que podíamos inventar.
Ali
estávamos livres para recriar o cenário, inventar histórias e personagens. E o
fazíamos com maestria: policiais e bandidos; exploradores de selvas; mergulhadores
de grutas; nada era impossível. Bastava uma boa ideia para que o cenário se
metamorfoseasse diante de nossos olhos e nos colocando dentro de nosso mundo
particular.
Por
vezes tínhamos alguns probleminhas... Não é sempre que os adultos entendem a
avidez com a qual as crianças abraçam suas histórias e alguns puxões de orelha
eram aplicados quando algumas plantas, velas etc. sofriam pequenos “acidentes” ao
longo do dia – nada que vinte minutos de descanso não resolvesse.
Assim
crescemos e, mesmo nos dias de celebração, arrumávamos algum artifício para
poder tornar a passagem do tempo mais divertida. Quando era tempo de festa de
São Geraldo (santo ao qual é dedicada a capela) nos digladiávamos para poder
cumprir funções que julgávamos mais divertidas. E nos ocupávamos com um pouco
de tudo: aos mais velhos eram dadas tarefas de maior importância e assim por
escala – basicamente etária – nos ocupávamos todos em ajudar nos preparativos e
durante toda a festa.
Aqueles
afazeres nada mais eram que uma boa desculpa para brincarmos de ser “gente
grande”, achando que eram funções da mais alta importância e somente nós
poderíamos cumprir aqueles papeis. Para nós o tempo passava diferente e tudo
fazia parte de mais uma história de faz-de-conta.
O
tempo foi passando, cada um de nós foi mudando e o mesmo aconteceu com nosso
lugar especial. Fomos moldados pela passagem do tempo, entretanto ainda olho
pra capela e consigo recriar toda a magia que a infância me brindou. E sinto
falta daquele tempo, uma saudade boa, do tipo que faz a gente se alegrar por
ter podido viver tudo o que passou.
(Imagem "emprestada" de minha prima Fabiola Lemos)
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
Personagem
–Você está bem?
–O quê...? Ah, não é nada.
–Não é o que parece.
–Lembra-se do personagem que te mostrei há algumas semanas?
–O que a vida era uma confusão só?
–Esse mesmo (risadas). Pois então, eu o perdi...
–Como assim? Não sabe onde estão seus rascunhos, podem ter
ficado naquela estante desarrumada. Vivo te falando pra se livrar de um pouco
de todo aquele...
–Não, não é isso. Os manuscritos estão aqui, mas ele...
perdi sua história. Já não posso conta-la, o papel já não quer aceitar meus escritos.
–Que tal dar a ele algumas soluções, você fez da vida dele
um estorvo tão grande.
–Esse é o problema: nada do que eu tento parece natural. Ele
é tão propenso a bagunçar-se que não consigo mais achar uma forma de coloca-lo
em ordem.
–Talvez você o tenha perdido, mas dê um tempo a ele. Pode
ser que ele decida voltar.
–Pode ser...
domingo, 2 de dezembro de 2012
De volta
Enfim férias... pelo menos das coisas sérias, ou talvez nem delas também. O importante é que agora vou ter mais tempo "ocioso". E com isso espero tirar as teias de aranha que apareceram nesse lugar, sacudir a poeira e continuar a brincar com as palavras.
De volta ao meu lar virtual!
De volta ao meu lar virtual!
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