quarta-feira, 4 de junho de 2014

Perecível pra mim

Hoje, depois de meses, senti o impulso de escrever. Parece ser assim, preciso de algum desconforto latente para poder mover as mãos. Talvez os últimos meses tenham sido muito bons para que eu pudesse escrever – não reclamo – e adormeceram meus impulsos.

E o que teria me despertado? Além dessa insônia maldita, claro...

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Lágrimas guardadas

Tenho lágrimas guardadas,
desaprendi a chorar
Tranquei meu coração,
esqueci onde pus a chave

Dei nó na garganta
Escondi gritos de dor
Fechado em mim mesmo
Pra me proteger... de que?

Não sei, esqueci muitas coisas
Menos do medo
Dói esse medo de sofrer
De ser erro de alguém

Silencio minha voz,
a alma grita
Sorrio pra fora,
lágrimas guardadas

Tenho a pele quente e o coração doente
Sou árvore solitária no cerrado
Quem sabe não chove amanhã?

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Sapatos

Sentou-se na cama e puxou o par de sapatos novos que comprara no dia anterior. Como eram bonitos, lustrosos e sem nenhuma imperfeição. Calçou as meias e antes de enfiar o pé esquerdo no calçado parou. Massageou o mindinho, ainda um pouco dolorido, e sorriu: “você não se machucará mais”, pensou feliz.
Enfim colocou o sapato no pé, perfeito. Agora poderia caminhar até o trabalho sem querer arrancar o próprio dedo. Entretanto, havia uma sensação estranha. Coçou a cabeça encabulado e foi se lembrando do antigo par de sapatos.

domingo, 1 de dezembro de 2013

Meus sentimentos...

Não faço esse texto por um motivo em especial, mas por uma conjunção de coisas que vem me incomodando – e nem tinha me dado em conta até então. Nos tornamos excessivamente exibicionistas, temos de fazer com que o mundo inteiro saiba o que estamos sentindo (ou não) a todo minuto.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Já volto!

“Olá, velho amigo”, pensei ao fitar o papel com o lápis em punho. Em resposta obtive um “quem é você, estranho?”, algo meio ridículo – mas foi o que senti quando o lápis tocou o papel. Faz algum tempo, eu sei... mas... seria motivo pra tanto?

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Na ilusão do poder

E ao fazer bater palmas com tanta energia o austero rei, o bobo da corte se sentiu como soberano a seu soberano. Mas, ao por a prova seu poder, foi decapitado pelo mesmo rei.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Pensamento do dia (XXVII)

Algumas palavras insistem em voltar a fazer sentido, mesmo em novos contextos e personagens...