segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Sem hora

    É engraçado, mas a cabeça da gente é sacana às vezes. Essa ultima semana perdi por completo uns dois – quem sabe até mais – textos por não ter uma caneta e papel para poder guardá-los.
    Uma sacanagem, quinze minutos mais e eu teria encontrado algum refugio físico para minhas idéias. E não adianta forçar a memória, porque a coisa toda se vai. E vai ofendida pela falta de atenção, decidindo perder-se para se vingar.
    Como é amargo sentir as idéias se diluindo aos pouquinhos, ou mesmo de repente em um momento de distração. Sempre gera uma sensação de impotência.
    Quando finalmente chego a encontrar algum papel e algo com que escrever nele fica a certeza que as palavras exatas, o ritmo, a essência, em suma: a alma daquela idéia já se perdeu.
    E mesmo tendo na cabeça qual era o tema e, mais ou menos, por que caminho a coisa toda deveria andar só encontramos frustração. “Esse é mais um filho perdido”, costumo pensar.
    E fico triste por não lhe ter dado a oportunidade de ver a luz do dia. Quem sabe bem aquela idéia ia florescer e tornar-se uma árvore frondosa e frutífera.
    O que me resta é só um bocado de chateação. E quem sabe eu finalmente aprenda a ter sempre a companhia de uma caneta e de algum papel, para que da próxima vez eu tenha um pouco mais de sorte em registrar algum desses textos de hora inoportuna.

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