Mais uma
cidade: rostos, histórias, alegrias e tristezas novas. Sempre novos sonhos e
vivencias. Uma alma desgarrada, talvez seja isso, ainda busca seu recanto de
descanso. O mundo é tão grande e pequeno – gosto de brincar com sua natureza
dual.
Estou por
começar nova jornada e o mais divertido disso nem são as expectativas e sim
voar por entre nuvens de incerteza tentando desvendar qual será a próxima
grande jornada. É estranho não se sentir ligado a nenhum lugar, tudo passa de
uma forma opaca e com menos vida do que deveria. É quase como se eu ainda não
tivesse encontrado a minha própria história, o quadro no qual vou me encaixar.
Já me disseram
que o meu desapego é mais uma qualidade do que um defeito que eu sou mais adaptável
ás situações do que a maioria das pessoas costuma ser. Porém essa mesma pessoa
me disse pra tomar muito cuidado com isso: uma alma que não encontra seu lugar
vai vagar sem saber quando e onde deve parar.
Quando
penso nessas palavras sinto um frio na espinha, e se eu não souber quando
parar? E se o mundo me enfeitiçar ao ponto de querer recorrer todos seus
mistérios? Onde ficam minhas raízes? E meus laços?
Tudo é um
assombro vertiginoso ao passar por esses pontos, mas ao mesmo tempo não me
sinto menos impelido em realizar minhas vontades. Rodar as voltas de tudo
quanto possa, buscando conhecer sempre mais e mais. Encontrar-me e perder-me
pelos caminhos e trilhas que apareçam pela minha frente.
Agregar rostos,
histórias, sabedorias e vidas. Cair no mundo feito um cigano sem destino. Talvez
não seja uma vida tão desgraçada, a não ser quando confronto essa possibilidade
de futuro com outra que também almejo.
Como
constituir uma família quando não se sente preso a nenhum lugar? Bom, talvez
seja essa a única inquietude real quanto a minha grande vontade de ganhar o
mundo.
Quem sabe
desse jeito eu possa repousar em algum canto tranquilo e finalmente me sentir
preso a algo mais palpável. E assim ver o fim dessa vontade de querer conhecer
sempre mais, de viver cada dia em uma história diferente.
Findar
tranquilamente sentindo que estou onde devo estar. Sentir que recorrer o mundo
já não é meu fado. Nesse dia não importa o lugar, desde que a inquietação se vá,
estarei livre para ficar.
A magia está em realmente desconhecer por completo onde e quando este cantinho de descanso finalmente chegará! E, sim, por entre trilhas e rumos incertos... chegará!
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