Continuo sonhando com meus fantasmas, sonhos cada dia mais conflitantes. Tenho medo deles, tenho medo das mensagens que minha mente me manda. Talvez já tenha passado a hora de mudar. Talvez...
Continuo sendo um menino precipitado que corre atrás de uma sombra, que mete os pés pelas mãos – quase sempre –, que caí e se levanta sem pensar. Ainda sem rumo, perdido no labirinto de suas escolhas. Quer tudo, não quer nada.
Aquilo que perdi ainda me sussurra aos ouvidos, conselhos tortos, sonhos mortos, todo um mundo que não existirá. Tento entender o porquê dessa tortura que me aflijo, serei merecedor das dúvidas que me cercam?
Ao fechar os olhos minha mente me leva a infinitos mundos, mundos tão próximos e distantes do meu. Me levam a recorrer eventos passados, presentes e futuros. Sempre fantasiados e misturados como num baile, lá pessoas de diferentes épocas aparecem de mãos dadas a falar sobre divagações futuras. Outros me mostram fotos com passagens do que foi, mas com personagens e paisagens mescladas, numa sopa confusa do todo.
Confusa como minhas palavras. Jogadas pra todos os lados desse lugar, são essas partes de mim que tentam se organizar a sua maneira. Não buscam glória, nem sentido, o que querem é ter paz. Assim rasgam seu caminho até a ponta de meus dedos para se depositarem no mundo.
E meus fantasmas riem, dançam e gritam. Estão sendo ouvidos, porém não sabem que estão sendo depositados em um lugar onde posso analisa-los e controla-los. Shhhh...! Deixo-os festejar, enquanto isso terei tempo para curar o que me fere e encontrar minhas respostas.
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