– Cara, preciso de uma ajuda sua...
– Fala aí, o que você quer?
– Estou escrevendo uma história e empaquei em uma das coisas que deveria ser simples: os nomes dos personagens. Acredita?
– Serio mesmo? (risos) Mas, isso é muito fácil de resolver. Posso te atirar uns nomes e você escolhe um, não é possível que nenhum deles te sirva.
– Acho que você não entendeu...
– E quantos personagens são?
– Apenas dois, um homem e uma mulher.
– Vou começar pela mulher.
– Não é bem por isso, é que...
– Karla.
– Melhor não...
– Luíza.
– Também não...
– Débora.
– Não sei...
– Qual o problema desses nomes?
– Então... é que eu já tive um relacionamento com uma de mesmo nome e conheço outras de nomes iguais, não quero que algum amigo imagine que a história é pra alguma delas. Me deixaria profundamente sem jeito, vai que elas acabam lendo e também acham?!
– Acho que estou começando a entender qual o verdadeiro problema.
– É mesmo?
– Sim, você é maluco.
– Qual é? Estou falando sério, preciso arrumar um nome que seja neutro. Tá tão difícil...
– Também estou falando sério, você só pode estar mal da cabeça. Até parece que uma mulher vai parar pra pensar uma coisa dessas.
– Tá bom, você me convenceu. Agora só falta pensar no personagem masculino, mas com isso vai ser mais fácil.
– Aí, nada de usar meu nome. Ok?
– Mas... qual o problema?
– Vai que o personagem é louco e o pessoal fica achando que você tá falando de mim.
hahahahahaha. adorei.
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