quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Um bom nome



– Cara, preciso de uma ajuda sua...

– Fala aí, o que você quer?

– Estou escrevendo uma história e empaquei em uma das coisas que deveria ser simples: os nomes dos personagens. Acredita?

– Serio mesmo? (risos) Mas, isso é muito fácil de resolver.  Posso te atirar uns nomes e você escolhe um, não é possível que nenhum deles te sirva. 

– Acho que você não entendeu...

– E quantos personagens são?

– Apenas dois, um homem e uma mulher.

– Vou começar pela mulher.

– Não é bem por isso, é que...

– Karla.

– Melhor não...

– Luíza.

– Também não...

– Débora.

– Não sei...

– Qual o problema desses nomes?

– Então... é que eu já tive um relacionamento com uma de mesmo nome e conheço outras de nomes iguais, não quero que algum amigo imagine que a história é pra alguma delas. Me deixaria profundamente sem jeito, vai que elas acabam lendo e também acham?!

– Acho que estou começando a entender qual o verdadeiro problema.

– É mesmo?

– Sim, você é maluco.

– Qual é? Estou falando sério, preciso arrumar um nome que seja neutro. Tá tão difícil...

– Também estou falando sério, você só pode estar mal da cabeça. Até parece que uma mulher vai parar pra pensar uma coisa dessas.

– Tá bom, você me convenceu. Agora só falta pensar no personagem masculino, mas com isso vai ser mais fácil.

– Aí, nada de usar meu nome. Ok?

– Mas... qual o problema?

– Vai que o personagem é louco e o pessoal fica achando que você tá falando de mim.



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