sexta-feira, 11 de março de 2011

Aquelas noites - das cartas que não mandei

Era sempre madrugada. E sempre mais tarde pra você do que pra mim, lembra? Falávamos sobre qualquer coisa, apenas um pretexto pra ficar mais.

Como eu te invejava. Não importava meu esforço, era seu o maior sacrifício. As suas horas na frente sempre tornavam a sua dedicação muito maior.

E eu como desejava ter seu lugar. Sempre fui menos... assim como as menos horas que eu tinha no relógio.

Uma bobagem, talvez. Mas quem sabe seria essa uma redenção. Diante dos momentos em que eu fui menos, ou deixei de ser...

Só queria deixar você dormir. Todo esse sono que te roubei, usurpei. Mas diga ao seu anjo da guarda que não se preocupe comigo. Hoje, já não sou o ladrão das suas horas.

Boa noite, querida. E ao fechar os olhos, possa você, dormir com os anjos.

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