sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Elegia ao amor

Amor,
Suas palavras piegas trocadas por amantes
Que no êxtase de seu torpor não se importam se es fantasia

Que em tempos de guerra vive de esperança e incerteza
Para resistir o tempo e voltar aos braços da amada

Tão singular, tão confuso e confundido amor
O mundo quer matar-te, os amantes esquecem teu valor

Outrora puro, casto, pudoroso
Agora te vês salvagem, sedento, carnal

Que te aconteceu?
Por quais vielas imundas te fizeram sangrar?

Não acabes, não te desfaças, nem te entregues!
Em cada coração que morres plantas a desilusão

Anjos se tornam farrapos sem vida
Palavras ditas com vigor se despedaçam

O sentido se retorce
O meio se torna finalidade
E o sentimento apenas carne

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